RESUMO:
O presente artigo busca estudar a relação entre a organização dos espaços urbanos e a construção da subjetividade, a partir da Revolução Industrial em que houve uma padronização e a utilização de cores neutras, estruturando-se ambientes monótonos e desestimulantes, incapazes de provocar reações emocionais positivas que motivem o fluir de processos intersubjetivos de natureza criativa que enriquecem a experiência do viver. As grandes cidades se caracterizam hoje por seus blocos regulares de concreto cinzento. As cidades são os ambientes de suporte das relações sociais e detém grande importância para o bem-estar de seus cidadãos. Luz e cores, curvas e formas naturais que dão contorno à realidade urbana na estruturação das cidades, são elementos carregados de significados e de potencial criativo. Com as características presentes dos centros urbanos hoje, cabe ressaltar a pergunta, que estimula novos estudos: até que ponto a monocromia das cidades de nossos tempos, sustentam a monotonia e empobrecimento da criatividade nos espaços de vida urbana?