RESUMO:
A cidade retratada em produções audiovisuais e os programas de urbanismo constroem seus respectivos percursos, num jogo de recíprocas influências. Chega-se assim à cidade pós-industrial, espaço redefinido pelos planos e intervenções urbanas cujos comportamentos cotidianos na cidade se mostram como instigantes motivos para filmagem. Esta pesquisa se concentrará na continuidade do estudo de casos, já parcialmente relatado, de filmografias retiradas dentre os 17 filmetes de “Bem vindo a São Paulo” (2007), em que o recorte se demarca mais pela vivência da cidade. Aqui se amplia o objeto de estudo, em sua escala urbana; de que modo as grandes edificações, os planos e soluções de vias, produzem efeitos sobre a vida da cidade. Objetiva-se retirar da diversidade dos filmes, sob o partido de cada diretor, prevalentes visualidades trazidas pela escala macro e características genéricas das metrópoles que se articulam na construção da imagem da cidade. A metodologia adotada se manterá na realização de uma fundamentação teórica a respeito do tema; os procedimentos de pesquisa se orientarão pelas hipóteses apresentadas. Serão escolhidas sequências fílmicas que demonstrem o vínculo entre cinema e cidade, posteriormente descritas em decupagens, oferecendo um banco de dados que permita análises comparativas/discriminativas, após descrições dos indícios encontrados nas decupagens à luz da comparação entre escala de edificações e projetos urbanísticos, fortalecendo a cidade cinematográfica