Por Juliana Oliveira
A tecnologia modificou muitos aspectos da sociedade, seja na convivência ou para simplesmente procurar algum endereço. A facilidade de informação possibilitou que a globalização avançasse de forma avassaladora, e o que acontece em um segundo, o mundo inteiro já fica sabendo instantes depois.
A fotografia também foi modificada. Com a tecnologia, as fotos analógicas, por exemplo, perderam espaço. Aquelas fotos antigas que você tem, ou que ficam penduradas na sala da casa da sua avó, podem ser ótimas recordações. A inovação de câmeras digitais e smartphones possibilitaram oportunidades para dar um novo sentido à arte de fotografar. Com um simples clique, é possível capturar fotos em movimentos, panorâmicas, além de poder visualizar o resultado da imagem – uma das vantagens que não se possuía com o analógico.
Algo novo no campo de aplicativos é o Pivot, que planeja preservar digitalmente a história de diversos lugares e promover a cultura. Ele possibilita que as pessoas que estejam viajando, ou em sua terra natal, descubram como os lugares eram antigamente. O sistema do app possui um banco de dados chamado “pontos Pivot”, que mostra lugares no mapa e revela algum conteúdo sobre o local, como imagens e vídeos. A ideia do aplicativo surgiu na intenção de ajudar a preservar os patrimônios culturais espalhados pelo mundo, além de mostrar como eles se modificaram pelo avanço de construções e tecnologia, e que muitas vezes acabam tornando-se inacessíveis. Pivot também pretende incluir destinos turísticos famosos como Paris e Roma, colocando rotas especiais e temáticas, dependendo da época e história que o usuário tiver interesse.
Usando a realidade aumentada (RA), que é a tecnologia que permite uma visão ampliada de forma digital que ocorre virtualmente para o mundo real, combinada à geolocalização, o usuário pode posicionar o celular em um determinado ponto e enxergar os conteúdos.
Mesmo em fase de protótipo, o app já foi premiado pelo Harvard Innovation Lab, e busca financiamento pelo Kickstarter. O foco agora é melhorar o sistema de realidade aumentada, pois hoje se baseia em ícones impressos e posicionadores nos lugares que contenham imagens ou vídeos. Além disso, também irá ao ar uma plataforma para que qualquer pessoa possa colaborar com o conteúdo histórico ao redor do mundo.
Esse aplicativo se encaixa perfeitamente para aquelas pessoas que possuem alguma recordação de determinado lugar, pois muitos deles podem desaparecer em pouco tempo, como praias ou cidades pequenas. Também é ótimo para analisar o desenvolvimento, mostrando como o ser humano foi capaz de modificar suas cidades através da arquitetura.
O aplicativo será lançado durante esse mês como um projeto global e, por enquanto, essa possibilidade de conhecer o passado pode ser acessada na versão beta por quem estiver na área do campus de Harvard.