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Para Além do Ato e da Potência

22 de abril de 2014
  • Blog
  • Filosofia

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As pessoas olham o mundo e a si próprias de maneira muito rápida. Caminham pelas trilhas que se apresentam. Olham para o destino dos caminhos trilhados com estreiteza. Esbarram-se umas nas outras sem pudor. Estão sempre em processo de vir-a-ser. Todas possuem a excelência de ser PESSOA. Mas parece que aguardam por um milagre que as modifiquem, tornando-as aquilo que sempre sonharam ser. Ainda não compreenderam seu processo no mundo e a natureza de seus desdobramentos. O humano é uma trama bem elaborada, porque é tecido das cruezas de sua realidade física e espiritual. É o sujeito da potência e do ato e nenhum dos dois.

Aristóteles, filósofo grego, nascido em 384/383 A.C. se coloca a pensar a ideia de ato e potência. “A matéria é ‘potência’, isto é, potencialidade, no sentido de que é capacidade de assumir ou receber forma.” “A forma se configura como ‘ato’ ou atuação daquela capacidade. O composto ou sinolo de matéria e forma, se considerado como tal, será predominantemente ato; considerado em sua forma será sem dúvida ato ou enteléquia; considerado em sua materialidade, será misto de potência e ato.” (REALE, 2003, p. 200).

A qualidade de ser ato é realizar a travessia da potencialidade da matéria. É ser forma, ou cumprir o destino da matéria que é ser ato. Pela matéria, no pensamento helênico de Aristóteles, entendemos tudo aquilo que é sensível. Tudo que podemos tocar, podendo ser, esta matéria, já constituída de uma forma. Se já está assumindo o estatuto da forma, também pode, pela sua materialidade, ser desdobramento de um ato ou ser constituída em nova forma. O ato, segundo o espírito do helênico, não depende necessariamente da matéria. Aristóteles vê a alma como ato do corpo e pensa Deus como puro ato, ou ato apenas. Pois é aquele que inicia o movimento da natureza das coisas sensíveis. Assim a realização da potência é a forma.

O pensamento de Aristóteles atravessa gerações e nos coloca na dinâmica de pensar o humano pelas suas potencialidades. O homem que pensa a si mesmo e pensa o outro de si está assumindo o ato mesmo de suas potencialidades e sendo ato e potência o tempo todo. Mas dizer isso apenas seria reduzir a questão de ato e potência no processo humano. Quando nos propomos pensar a humanidade (proposta atual da filosofia) e, as questões mais urgentes dos homens, destes, sem os quais nada no mundo sensível tem sentido, colocamo-nos também na imediaticidade de orientar as trilhas seguras do destino. Assim, pensar o homem existente no mundo é pensar o humano que se desenha e se abrevia nas suas urgências. É o ser inacabado. Inconcluso. Incompleto. Poderíamos dizer que o humano nunca é ato e nunca é potência. Ele é “Sendo”.

Ato e potência sugerem letargia e movimento. Assim é o estatuto do homem (me parece) que como um pêndulo se orienta para aqui e para ali. Esse contexto processual do homem é interessante. Para o filósofo, esse sujeito do saber e do pensamento aprimorado, o indivíduo pode pela consciência mesma de si, tornar-se também Sujeito ou Pessoa, cumprindo assim a máxima Nietzscheana – “Torna-te aquilo que tu és!”. Esse é o sujeito que vai alçar voo no seu interior cognitivo e lançar-se em direção a sua alteridade, ao outro de si. Nesse encontro não haverá olhares apressados demais ou julgamentos. Haverá o diálogo. Porque o sujeito da cognição aprimorada se compreendeu como uma metamorfose neste mundo. Entendeu que está mudando e sendo o tempo todo. Apreendeu a notícia de Aristóteles e se descobriu como potência e como ato. Portanto, destinado ao processo da mudança e, ao fim e ao cabo do aprimoramento. A potência enquanto esta matéria-bruta, ainda sem forma, pode ser demasiadamente humana. Tudo vai depender de quem está olhando e de como está olhando. Deste modo, o convite ao aprimoramento do ser pode ser realizado e a matéria-bruta pode se realizar assim como a lagarta (potência-ato) se realiza no seu ato de ser borboleta (ato-potência).

A poetisa Clarice Lispector entendeu a questão de maneira aprimorada: “Não é por nada que olho – é que gosto de ver as pessoas sendo”. Esta frase nos coloca diante da questão da potencialidade inerente à vida. Talvez nunca sejamos em ato, mas sempre em processo de vir-a-ser. No poeta Fernando Pessoa recebemos sua notícia: “Sou o intervalo do que quero ser e do que os outros fizeram de mim – ou parte disso, porque ainda há vida”. Os poetas, os quais podemos considerar filósofos excelentes, estão a nos orientar sobre esse devir que nunca para de chegar. Essa é, para além do ato e da potência, a realidade humana que em sua demasiada humanidade, vai se elevando à natureza quase que divina. Nesta vemos, segundo Aristóteles um ato puro. Naquela algo que, ao mesmo tempo não se realiza, está se “perfazendo” sempre e “é” sempre.

Somos seres inacabados. Matérias em forma. Sempre ato e permanente potência. Portanto, a vida que humanamente pregamos e sentimos como pesada e urgente, pode ser também reinventada. Mas são mudanças que se iniciam dentro do humano. Pois é dentro que está o ato. Este que pode, na sua capacidade de ser, provocar leveza às sensações humanas. A inteireza humana é tecida de consciência manifesta. É para tanto, de suma importância pensar-se inconcluso neste mundo das sensibilidades. Por esta sabedoria podemos continuar sendo, mas sendo de maneira elevada. Agindo com dignidade diante dos limites que não são nossos, mas que vez ou outra nos respingam. Essa ética humana passa o tempo inteiro pela maturidade do ser. Pensar os limites alheios, vazando em nossa direção, é saber que também os nossos nos assaltam vez ou outra. Isso não é pôr-se diante do outro num sentimento misericordioso, mas de humanidade; de pensar-se potência e que estes, daqui a pouco, não incomodarão mais. É reconciliar nosso presente do nosso destino. Ademais, estará a humanidade próxima de olhar demoradamente para o outro de si, e, enxergar nele a potencialidade do ser e sua satisfação humana que é inerente a este outro, sem o qual não existiria a eterna novidade de sermos quem nós somos ou o que seremos? Será que atingiremos o estado de consciência de quando estamos sendo ato ou potência, se num piscar de olhos tudo já não é mais? Seremos eternas potencialidades que nunca chegaremos a nos concluir? Ou a morte é a nossa única possibilidade de ser ato? Se estamos em constante processo de vir-a-ser, isso poderá, nessa consciência de incompletude, ser causa de nossa não felicidade? Ou ainda, pensar-se feliz, já que sempre teremos a possibilidade de recomeçar e refazer-se, posto que ser divino é possuir esta não-possibilidade, pois seres divinos são eternos e suas escolhas irrevogáveis?

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia: filosofia pagã antiga, v. 1 (tradução Ivo Storniolo). São Paulo: Paulus, 2003.

 

Texto produzido com a colaboração de Leandro de Castro, aluno de Filosofia da FAPCOM

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