Larissa Costa
O mundo está frágil. As relações hoje são menos comprometidas e descartáveis. Como água que escorre pelas mãos. São essas algumas das ideias de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, que já escreveu diversos livros tratando sobre a “Modernidade Líquida”, ou seja, essa era em que vivemos onde “nada é feito para durar”. Mais de 200 mil livros do autor de 87 anos já foram vendidos pelo mundo.
Zygmunt Bauman, sociólogo polonês
No Brasil, um de seus grandes sucessos é “Amor Líquido” que fala justamente sobre a fragilidade das relações nos tempos atuais. Para o autor, os novos aparelhos de comunicação que surgiram, fizeram com que o contato pessoal tivesse um abalo. As mídias sociais, celulares e afins permitem ao seu usuário esconder-se, o que muitas vezes gera um distanciamento. Mandar mensagens é bem mais simples que dizer algo a alguém olhando em seus olhos.
Também por este e outros fatores, iniciar amizades virtualmente é muito fácil, assim como acabar com elas, afinal não são reais. Essas amizades existem para cumprir um objetivo, ter uma serventia. Quando não satisfazem quem as procurou, simplesmente são substituídas.
Esses são apenas alguns dos problemas apresentados por Bauman, que não se aplicam somente aos relacionamentos amorosos, mas entre familiares, amigos, entre outros.
Ler Bauman é receber vários choques de realidade, perceber o que realmente somos e o que estamos fazendo. Até que ponto vale a pena tornar-se dependente da tecnologia e o quanto necessitamos, cada vez mais, de consciência sobre nossas ações e compaixão?
Veja a seguir uma entrevista do Café Filosófico com ele:
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