Entre os dias 4 e 6 de setembro, a FAPCOM recebeu o I Congresso Brasileiro de Filosofia da Libertação e I Simpósio de Professores de Filosofia do Estado de São Paulo. Com o objetivo de incentivar reflexões em torno de temas filosóficos e despertar o interesse sobre assuntos da atualidade, o blog FAPCOM disponibiliza uma lista de livros da Paulus Editora – fundadora e mantenedora da FAPCOM –, que tratam de algumas questões que nortearam o evento.
Os livros abaixo fornecem ao leitor algumas abordagens que contribuem para enriquecer a reflexão sobre o assunto de Filosofia da Libertação e de outros temas relacionados.
A religião na sociedade urbana e pluralista, Manfredo Araújo de Oliveira
“Os intérpretes de nosso tempo têm muitas discordâncias a respeito da determinação do lugar ocupado ou a ser ocupado pelo fenômeno religioso no novo contexto de uma sociedade fundamentalmente urbana e pluralista, autônoma em relação à tutela do religioso, alicerçada numa racionalidade técnico-científica e marcada por inúmeras crises. Uma coisa, contudo, parece deter grande aprovação: a afirmação de que a análise do fenômeno religioso é um elemento imprescindível para uma compreensão adequada das sociedades da modernidade tardia. O religioso se tornou um componente essencial da cena geopolítica mundial. Tudo indica que se pode falar de um impulso novo e de um florescimento não esperado do fenômeno religioso no mundo de hoje, marcado por características próprias e por uma enorme diversidade que, porém, pode fazer do religioso algo indeterminado e ambíguo no contexto dessa nova situação histórico-social.”
Cristianismo de libertação: Espiritualidade e luta social, Jung Mo Sung
“Cristianismo de libertação: espiritualidade e luta social expõe uma reflexão acerca dos compromissos sociais assumidos tanto pela Igreja quanto pelos cristãos que sonham com um mundo mais justo. Para saber com mais clareza o que significa cristianismo de libertação, é preciso esclarecer as diferenças com outras formas de cristianismo. Por isso, numa primeira parte, o autor estabelece as diferenças e as afirmações das idéias centrais do que ele pensa ser o cristianismo de libertação, ao passo que , na segunda parte, reúne artigos que tratam de diversos temas vistos com o olhar da fé, na perspectiva da libertação.”
Ética, direito e democracia, Manfredo Araújo de Oliveira
“J.Habermas exprime sua compreensão da situação histórica nova com a ideia de que está em formação uma “sociedade mundial”, globalizada, porque os sistemas de comunicação e de mercado produziram uma conexão global. A globalização cindiu o mundo e ao mesmo tempo, o obriga, enquanto comunidade de risco, a uma ação cooperativa. Que tipo de sociedade nova é está que constitui o desafio fundamental de uma reflexão ético-política em nossos dias? É possível definir uma ética para a sociedade-mundo e uma teoria de direitos iguais e universais? O ponto de convergência entre o comunitarismo e a reação do liberalismo às suas teses é precisamente a tese historicista e relativista da dependência cultural das normas morais fundamentais. Esta posição pode ser considerada representativa das orientações hegemônicas do pensamento contemporâneo e levanta para a filosofia um grande dilema, com o qual este livro pretende confrontar-se.”
Filosofia da libertação: Crítica à ideologia da exclusão
“Completados vinte anos de existência, a Filosofia da Libertação, desenvolvida na América Latina, iniciou um programa de debates. São, por assim dizer, diálogos críticos com filósofos de fama reconhecida e muito diferentes um do outro: Paul Ricoeur, Karl-Otto Apel, Charles Taylor e Richard Rorty. Este livro apresenta, em quatro partes, as contribuições de cada um desses pensadores para os estudos da Filosofia da Libertação e as exigências para seu desenvolvimento criativo, a partir de um diálogo crítico com suas teorias.”, Enrique Dussel
Repensar a igualdade de oportunidades, Patrick Savidan
Neste livro, Patrick Savidan se empenha em evidenciar as particularidades dessa tragédia corriqueira, que arrasta o cotidiano de tantos indivíduos. Na medida em que a igualdade de oportunidades, do modo como a colocamos em prática, é um fator de injustiça e fragmentação social, ele nos propõe uma redefinição que abre caminho para uma igualdade de oportunidades sustentável.”