A nascente do Sapateiro, localizada numa viela entre as ruas Lutfalla Salim Achoa e Rino Pieralini, foi recentemente revitalizada pela Subprefeitura da Vila Mariana com apoio da Associação de Moradores da Vila Mariana (AVM) e do Conselho Participativo Municipal VM, o que tem chamado a atenção e entusiasmado moradores, pesquisadores e instituições do entorno.
Nesta quarta-feira (3), foi a vez de representantes da comunidade FAPCOM conhecerem a nascente, que fica na rua de trás da faculdade. A visita teve a participação do padre Antonio Iraildo Alves de Brito, diretor da FAPCOM, de Ednoel Ribeiro de Amorim, da coordenação da Pastoral Universitária, e da coordenadora do curso de Jornalismo, professora Deisy Feitosa, e foi guiada por Denise Delfim (presidente da AVM) e Eliana Barcelos (diretora cultural da AVM), além de outros diretores da associação e vizinhos.
Durante o passeio, o diretor da FAPCOM falou sobre a importância de se trabalhar com os alunos da instituição questões ambientais dentro do território da Vila Mariana. “Quando vi a nascente, pensei no quanto a vida insurge, apesar de todos os impedimentos. A fonte também nos faz pensar na importância da memória e da origem do bairro, tão agraciado pela natureza e que nos pede cuidado.”
Já Eliane Barcelos, destacou a importância e urgência de se falar sobre os desafios do equilíbrio humano e ecológico na cidade: “Estamos desafiados a fazer parte da transformação sob pena de sermos condenados pelas mudanças climáticas num futuro que já é presente”.
Vale destacar a encíclica social de autoria do Papa Francisco que, no vídeo de lançamento da Plataforma de Ação Laudato Si’’, renovou o apelo à humanidade para agir em prol de uma ecologia integral em favor da natureza e do homem na sua totalidade, porque “o egoísmo, a indiferença e os estilos irresponsáveis estão ameaçando o futuro dos jovens”. Existe esperança, insiste o Papa, para “preparar um amanhã melhor para todos. Das mãos de Deus recebemos um jardim; aos nossos filhos não podemos deixar um deserto”. Vamos começar pelo nosso bairro?
Matéria: Denise Delfim