Por Yasmin Aguiar
Adaptar uma obra literária para os cinemas é sempre um grande desafio, ainda mais quando a obra em si é “O Pequeno Príncipe”. Mark Osborne a fez com maestria e delicadeza, abordando os pontos principais do livro como ninguém poderia imaginar. Uma história emocionante e original, é como eu consigo descrever esse filme, além de muitas lágrimas, é claro.
O filme conta duas histórias paralelas, utilizando duas linguagens, uma na história “real”, focada na menina e no aviador, e outra em stop-motion focada no Pequeno Príncipe. A inclusão de novos personagens e a expansão da história original ajudaram a atualizar as questões do livro de Saint-Exupéry e inserir críticas ao modo de vida atual.
Na história, a protagonista é uma garotinha que acaba de se mudar com sua mãe solteira, e que está sempre ocupada trabalhando, com o intuito de estudar em uma das melhores escolas. Por esse motivo a mãe cronometra todo o tempo que a menina tem disponível de acordo com as atividades que ajudariam ela nos estudos. Isso faz com que a menina esqueça o que é ser criança. Ao se mudarem a menina conhece o Aviador, que tem como principal objetivo na história lembrar a menina o que é ser criança e como nunca se esquecer disso, através da história de “O Pequeno Príncipe”.
Mark Osborne trabalha com a sensibilidade, a história original é recontada e explorada como uma grande metáfora sobre a perda, os valores e as visões de mundo, em uma fantasia fascinante que ajuda a protagonista a encarar seus desafios, fazendo com que até quem não conheça a história acabe se emocionando.
O filme dosa momentos de humor, doçura, e drama na medida certa.