Alunos de Rádio, TV e Internet da FAPCOM integram projeto audiovisual relacionado a música e a cultura urbana
O MÚSICA QUE BROTA é um projeto audiovisual de cunho documental, relacionado a música (obviamente) e a cultura urbana/artística. O conceito do projeto consiste no registro do cotidiano de músicos de rua, suas experiências, dificuldades, expectativas futuras para o meio em questão, inspirações e motivações, e claro a apresentação de seus trabalhos musicais.
O MÚSICA QUE BROTA surgiu do cotidiano urbano, vivências próprias. O Christopher, idealizador do projeto, sempre saia do trabalho, na Consolação, passando pela Paulista pra pegar o ônibus e quase sempre tinha um músico tocando em frente ao Shopping Center 3 ou no Conjunto Nacional. Então, também quase sempre, parava para escutar e curtir o som. Mas o que chamou mais atenção é que existiam músicos que tocavam com uma frequência maior e outros que simplesmente brotavam, apareciam do nada. Foi então que surgiu a curiosidade em entender como funcionava o dia a dia dessa galera, o porquê de utilizar as ruas como palco, de onde eles vinham, as dificuldades e os prazeres dessa modalidade de apresentação.
Por fim, depois de rascunhar um pouco melhor a ideia, Christopher chamou alguns amigos que tinham algum envolvimento com o meio audiovisual (Genival, colega de Faculdade; Carol e Tom, amigos de família), e depois de algumas conversas estávamos gravando o nosso primeiro vídeo/episódio, com o músico Tim Max.
Quem vê de fora imagina que o MQB é mais um projeto audiovisual sobre músicos de rua, mas na verdade além ser uma produção audiovisual, é também uma mistura de arte e design. Utilizamos do audiovisual como uma forma de linguagem para mensurar esses universos, e também uma ponte para que o projeto venha a se desdobrar em outros outras “peças”, vamos dizer assim. Como exposições, festivais, crowfundings, repositório de musical, e intervenções urbanas, são algumas metas que pretendemos alcançar. O audiovisual nos possibilitou entender a história de cada um e por conta disso, também nos inspirou a pensar em novos formatos. Ainda estamos no começo de algo maior, mas é importante lembrar desde cedo que o MÚSICA QUE BROTA vai muito além do que vemos nas telas.
O conteúdo em si e a forma como ele é apresentado não foi inspirado em algo/alguém, achamos que o que inspirou, e inspira, a montagem do projeto é a música de um modo geral. Tratamos a música como o protagonista do projeto, sem rótulos, sem restrições, sem gênero.
As várias faces da música nos levaram a querer desenvolver o MÚSICA QUE BROTA, pelo fato de estar tão presente no nosso cotidiano, sempre em nossos fones de ouvido, sempre na rua, no carro que passa com o som alto, nas propagandas, na pessoa que passa perto de você assobiando. A música tem o poder de traduzir fatos das nossas vidas, quem nunca já pensou “Nossa, essa música sou eu todinha em momento X da minha vida!”? (Risos)
Não só a música verbal, com letra, mas a música instrumental também consegue nos trazer sensações de empolgação, ou de peso emocional, como aquele solo de guitarra que te faz arrepiar os pelos do braço, ou aquele xote na sanfona e triângulo que te deixa mais leve. A música inspira o projeto. A música inspirou a necessidade de se registrar esse cenário.
A escolha destas plataformas para a divulgação do projeto se deu justamente por sua popularidade e pela possibilidade de interação entre ambas. O Youtube como plataforma de vídeo se via como a primeira opção de publicação dos vídeos, uma vez que gratuita e de acessibilidade ampla por boa parte dos usuários de internet hoje no Brasil, e do público alvo. Através disso pode ser publicado nas demais redes sociais, permitindo a viralização do conteúdo, e ainda podemos acompanhar numericamente os acessos, se está sendo bem visto etc.
O Facebook se deu como a ferramenta mais apropriada para divulgar o projeto de forma que pudéssemos ir além do apenas “audiovisual”, podendo dialogar com o público, ter um feedback instantâneo, falar mais sobre o projeto. Instigar as pessoas a assistirem os vídeos, além de agregar outros conteúdos que se relacionam com o projeto, divulgação de eventos, notícias, curiosidades relacionadas a quem entrevistamos até então no projeto, etc. Além de também termos a opção de publicar vídeos mais curtos (que chamamos de DROPs) diretamente no Facebook, para fazer chamadas ao público assistir o vídeo completo (No Youtube).
Portanto a escolha foi pensada em ferramentas que se complementam, possibilitando maior alcance de público.
Quem é a equipe (nome, sobrenome, formação ou o que fazem atualmente – estudam? onde? o quê? trampam ou estagiam? onde? em que área?) e como vocês se organizam?
A equipe é pequena, composta por 4 integrantes, que são:
CHRISTOPHER ROCHA | Designer Digital, Motion designer, Idealizador do projeto e pai de família.
Christopher também com 22 anos se formou em Design Digital (Anhembi Morumbi, 2015) na mesma turma que o Genival. Iniciou como estagiário em um escritório de design no centro da cidade, trabalhando grande parte do tempo com animações para vídeos explicativos, documentários, canais de tv e Youtube e consequentemente deu a ele sua principal formação: Motion designer. Apesar de ter escolhido essa área que até hoje vem sendo praticada o interesse por projetos culturais, sociais sempre foi a válvula de escape que o agradava. Proporcionou e ainda proporciona o desafio de pensar algo que vá além do que realiza no dia a dia. Atualmente trabalha na mesma empresa que iniciou, porém como diretor de arte e animador, nas horas vagas também busca conciliar projetos como freelancer.
GENIVAL SALES | Designer Digital, Videomaker (Captação, Edição e Pós-produção), e Fotógrafo.
Genival tem 22 anos, e é formado em Design Digital (Anhembi Morumbi, 2015). Designer de formação, já atuou nas áreas de Desenvolvimento Web (User Interface/User Experience) e Criação (Ilustrador, Identidades Visuais). A partir de 2013 teve contato com a fotografia, e desde então mergulhou de vez nesse universo, e em 2014 passou a trabalhar com produção audiovisual (Captação e Edição). Atualmente trabalha em sua produtora, a P.A Films, como Videomaker e Fotógrafo, e também trabalha na produtora ACADEMIA FILMES como Assistente de Ilha de Edição.
No MUSICA QUE BROTA, Genival é encarregado pela direção fotográfica dos vídeos, e pelas missões de realizar as gravações (operando as câmeras e a gravação de áudio) e edição de todo material gravado (montagem e pós-produção).
Flickr | Vimeo
TOM FREITAS | Roteirista e estudante de Rádio, TV e Internet na FAPCOM
Trabalho como roteirista na Casa do Storytelling e também escrevo para o blog da Escola de Roteiro. Minha grande paixão sempre foi escrever para o audiovisual e o Música que Brota me permite criar narrativas e colocar em prática as minhas habilidades dentro do projeto. Aqui eu escrevo os pré-roteiros dos vídeos e, depois da captação, também ajudo na hora de decupar para a edição.
CAROLINA ROSA | Produtora e estudante de Rádio, TV e Internet na FAPCOM
Em 2013 de um curso na TV USP e produziu o programa Quarto Mundo para o Canal Universitário. Atualmente trabalha na Fundação Dorina Nowill como responsável pela edição de áudio-livros e como audiodescritora-roteirista. Também escreve para o Destino Compartilhado, blog que criou para compartilhar dicas e experiências de viagens.
No Música que Brota, Carolina é responsável pelo processo de produção. Recebe o contato dos músicos e prepara uma pré-entrevista e, ao final, junto com o resto da equipe, agenda a gravação.
Os episódios do MUSICA QUE BROTA se tornam possíveis a partir de alguns processos. Todos os 4 integrantes tem a liberdade de ir em busca de contatos para possíveis gravações, durante o dia a dia encontramos vários artistas nas ruas. Logo, sempre há possibilidades de convidar esses músicos e pegar seus contatos até o próximo passo. A Avenida Paulista sempre é um prato cheio para encontrar músicos de rua dos mais variados estilos.
A segunda etapa, de diálogo, fica por conta da Carolina (Produtora), assim que conseguimos os contatos é repassado a ela e a partir daí, a Carol organiza as datas para gravação, local, autorizações e mantém contato com os músicos para que tudo ocorra sem imprevistos.
O pré-roteiro consiste na elaboração das perguntas que serão feitas no dia da gravação. Há perguntas que se mantem como base, e outras que são acrescidas de acordo com as características do músico/banda em questão. E é desenvolvido pelo integrante Tom Freitas.
O dia da gravação, o “Dia D” (risos), na maioria das vezes conta com a participação de todos, porém pode acontecer de que algum dos integrantes do projetos não possa comparecer na gravação por conta de algum compromisso ou imprevisto. O que não afeta negativamente o processo, único que não pode faltar na gravação é o Genival, afinal é ele que manuseia as câmeras e quem possui todos os equipamentos, e ter pelo menos mais uma pessoa para acompanhar a gravação e entrevistar. Vamos de encontro ao músico/banda, termos uma breve conversa de como faremos a gravação e o que precisamos captar.
Os equipamentos para a gravação são sempre: Duas câmeras DSLRs, Canon 6D e Canon 70D; Lentes SIGMA 24-70mm f/2.8 e Canon 50mm f/1.4; Tripé e Steadycam; Gravador de Áudio ZOOM H4n; Microfones Lapela; Microfone Shootgun Boom;
Uma das dificuldades técnicas que esbarramos na maioria das vezes é a da captação de áudio em ambientes externos. O barulho do “murmurinho” das pessoas, e principalmente do trafego de veículos que é constante, se torna quase impossível de se eliminar. Mas tratando o áudio na pós produção o resultado se torna aceitável, e no fim acaba que se torna uma característica que ambienta o vídeo e não incomoda.
O processo de decupagem, realizado após a gravação, consiste na organização de todo material gravado (áudio e vídeo) dentro do software de edição (Premiere CC 2017), sincronizando todos os arquivos de vídeo com os de áudio. O processo de edição e pós-produção é realizado no Premiere CC 2017, Audition CC 2017, After Effects CC 2017, Media Encoder CC 2017, softwares inclusos no pacote ADOBE CREATIVE CLOUD, e Plural Eyes.
Após a sincronização de áudio e vídeo, é exportado uma timeline MASTER de tudo que foi gravado, que volta para o roteirista (Tom Freitas) que fará uma seleção dos diálogos que podem ser aproveitados para narrativa do vídeo.
A seleção dos diálogos que serão importantes pra construção fluída da narrativa do vídeo se dá através da do vídeo ‘Full’, com todo o material gravado. Em média todas as gravações chegam até 40min de diálogos/imagens. É uma tarefa difícil sintetizar esses 40min de material em no máximo 10min de vídeo (média de tempo dos vídeos do projeto). Tom, o roteirista, faz as anotações dos diálogos que vão compor o vídeo de “minuto X à minuto Y” por exemplo, e repassa essas anotações para o editor (Genival), para a edição final.
A edição do vídeo se dá após a escolha dos diálogos, como descrito anteriormente. São feitos os cortes e a montagem da narrativa do vídeo, o tratamento no áudio para que fique mais ‘limpo’ e equalizado na altura certa, aplicação dos elementos de motion graphics. E por fim, é trabalhado a colorização (color grading) do vídeo, mantendo unificada em todos os vídeos uma identidade fotográfica.
No processo de edição ainda é feito mais um pente fino nos diálogos que foram selecionados para compor o vídeo, uma vez que diante da montagem o editor tem uma visão mais clara do que é primordial e o que não é, e do que irá proporcionar uma dinâmica mais eficiente para o vídeo. Sendo assim, nessa etapa ainda ocorre a eliminação de algumas partes do vídeo selecionadas na etapa anterior.
A diante, o vídeo é exportado com as configurações necessárias para publicação nas plataformas web.
Por fim, fazemos a publicação do vídeo no Youtube, e as postagens no Facebook para compartilhamento e maior alcance do vídeo publicado. É postado um vídeo por mês, e durante as semanas são publicados derivados desses vídeos para manter a pagina sempre ativa com conteúdo.