Ex-diretor executivo na empresa de seu pai,Taofik Okoya abandonou o emprego para abrir uma empresa de bonecas, na Nigéria. Sua história nesse mercado começou quando ele precisou comprar um presente para sua sobrinha e percebeu que todas as bonecas eram baseadas em pessoas brancas, além de serem muito caras. Isso o fez refletir sobre o futuro de meninas, que serão futuras mulheres com poder de fazer coisas extraordinárias pela África.
Após criar uma linha de bonecas negras, “Queens of Africa” (Rainhas da África), inspiradas em grandes mulheres da história africana, todas vestidas com roupas locais relacionadas à cultura desse continente, o empresário afirmou: “Meu objetivo é mudar a realidade de milhares de crianças com brinquedos próximos de sua realidade”.
Okoya entendeu que se comunicar com crianças através da brincadeira possui melhores resultados. Já a escolha pelo mercado infantil feminino, deu-se ao fato de que o empresário vive em um país que existe uma preferência por meninos, fazendo com que os investimentos sejam mais focados neles do que nelas.
Com essa iniciativa, houve também uma quebra de paradigma, porque as famílias outrora resistentes a comprar bonecas, por considerá-las um brinquedo elitista, fizeram das “Queens of Africa” mais vendidas que as Barbie em um país com a maior população de crianças negras no mundo. Outro fator para esse sucesso é o fato dos brinquedos custarem a partir de cinco dólares.
O empresário diz que fica muito feliz quando ouve comentários de crianças como: “Eu gosto dessa boneca. Ela é negra como eu”. Ele diz que “esse é o primeiro passo para empoderar as futuras mulheres e conscientizá-las sobre a beleza de sua cor”.