Nos últimos tempos, um problema que tem assolado as marcas é a expressão “politicamente correto”. Um campo minado tanto para anunciantes na hora de planejar e executar estratégias e campanhas como para empresas que veem seus setores de atuação se tornarem alvos de limitações e outras imposições.
A este passo, o mundo dos negócios tem reinventado seus processos de produção, atuação e divulgação sob um constante fogo-cruzado da imprensa, disputas jurídicas e regulamentações de órgãos – tudo isso com prazos cada vez menores.
Tentando acompanhar uma questionável “mudança de valores”, empresas e agências se contorcem – além dos seus produtos e campanhas – gerando resultados muito bipolares. Inúmeros são os exemplos de marcas que tiveram grande prejuízo ao irem de encontro com o “politicamente correto”, bem como outras encontraram caminhos inteligentes para se adequar e alcançar bom retorno.
Um caso interessante é a comunicação do McDonald’s, uma empresa de fast-food que está longe de vender alimentações saudáveis, mas percebeu essa exigência de seu consumidor, e por conta disso, começou a incluir opções saudáveis no menu, e mostrar na sua comunicação a origem de seus produtos, se relacionando com um lado verde da empresa.
Um exercício para as marcas é antever e se preparar para eventuais barreiras impostas pelos órgãos reguladores ou até por insatisfações dos próprios consumidores. Pensar em campanhas, ações (até internas) e produtos levando em consideração a opinião pública, por mais “limitador” que seja, deve ser inevitável dentro do mercado atual.