Francielly Mendes
O mundo da moda está repleto de regras que, com certa frequência, acabam ferindo a auto estima de muitas modelos.
Para estar em uma passarela, ou até mesmo para fazer parte de um casting fotográfico, é necessário seguir os padrões de beleza impostos pelas agências. E para isso, cada vez mais jovens optam por meios, muitas vezes ilícitos, para se encaixarem nesses padrões.
Um dos problemas mais conhecidos, abordados até mesmo em novelas e séries, é a anorexia. A doença tem cura, diagnosticada tardiamente quase sempre e, na maioria das vezes, associada a outras enfermidades que precisam ser tratadas.
A anorexia ocorre quando a pessoa se nega a comer, ou passa mal quando ingere qualquer tipo de alimento. Não é uma fraqueza e sim uma doença psicológica que precisa do acompanhamento de um especialista – já tivemos diversos relatos de modelos que consumiam apenas 1 colher de arroz por dia ou então que substituía a alimentação por tufos de algodão.
Quando associada à bulimia, o quadro pode piorar, pois o transtorno acarreta diversas complicações como: insuficiência renal, gastrites, problemas nas cordas vocais, fraqueza, fadiga e até mesmo perda de cabelos.
Alguns países como a França, proíbem modelos nas passarelas com IMC (índice de massa corpórea) muito abaixo do normal. Já aconteceu de desfiles serem cancelados porque as modelos eram magras demais. Esta é uma atitude que vem auxiliando na mudança desse comportamento e na quebra do tabu “para ser bonita é preciso ser magra”.
O trabalho artístico é da alemã Ivonne Thein, em sua sessão de fotografias, coloca a anorexia como protagonista e mostra que a doença não é apenas uma fraqueza do organismo. É importante salientar que a artista não chamou modelos anoréxicas para o ensaio, todas as fotos foram tratadas digitalmente.