Larissa Costa
Participar de processos seletivos é sempre uma grande tensão. Nunca se sabe exatamente o que o avaliador está buscando nos candidatos e o que a empresa espera. Por isso, muitas vezes esses candidatos passam a agir de forma mais padronizada, principalmente em dinâmicas de grupo – mas nem sempre esse é um bom método. Recrutadores de grandes companhias dão algumas dicas para não falhar nessa etapa:
Trabalho em equipe
Iracema Dias de Araújo Andrade, diretora técnica da Viva Talentos, acredita que nas dinâmicas em grupo é possível perceber a forma dos candidatos tomarem decisões em equipe e se relacionarem com os demais. Ela destaca a importância de dar sugestões, mas no momento certo e com certeza do que diz: “Você pode ser uma pessoa que se coloca pontualmente, mas que entra com muito conteúdo e faz a diferença, dá um direcionamento ao trabalho no momento em que se posiciona”.
Seja você mesmo
Sonia Minelli, gerente RH da Editora Globo fala sobre o comportamento na hora da entrevista. Segundo ela, é fácil perceber quando alguém tem uma postura que não é sua, apenas para impressionar: “Quando o estagiário é artificial, desempenhando um papel ou sendo performático e usa de uma postura que não é a dele, em algum momento vai se contradizer”. Por isso, é fundamental ser natural e verdadeiro – que também deve ser demonstrado em relação à vaga. O candidato precisa deixar claro o quanto tem interesse na vaga, o quanto ela será importante para ele. “Se ele tiver esses elementos e energia, estará dentro daquilo que estamos buscando”, completa.
Experiências
Thais Bagatim, analista de recrutamento e seleção da Editora Escala, alerta sobre falar mal de empregos anteriores. Ter uma análise crítica é bom, mas quando a opinião dá lugar para algo negativo, é bom repensar a necessidade dos comentários: “É legal a pessoa ser sincera, mas quando ela traz isso de um jeito negativo, ficamos um pouco inseguros de contratar. Será que ela não vai ser um futuro problema para a gente também?”. Outro ponto que Thais aborda é a competência técnica no caso de vagas para o departamento editorial. “Nós também analisamos questões como comunicação, escrita, fala e matérias que ele já publicou”, finaliza.
Pesquisa
Roberta Pelosini, consultora da Cia de Talentos, dá destaque ao conhecimento prévio que o candidato deve ter sobre a empresa. Quais são os valores, os objetivos, a repercussão dela na mídia, projetos, etc. “Muitas dinâmicas trabalham cases onde a temática principal tem a ver com o negócio da empresa e, conhecer um pouco sobre ela pode ajudar no desenvolver do trabalho e isso pode contar alguns pontos positivos para o candidato”, explica.
**Com informações do Portal Imprensa