Entregar as chaves de sua casa para um desconhecido na internet – sem saber muita coisa (ou nada) além do nome da pessoa, parece uma grande loucura. No entanto, Brian Chesky, Nathan Blecharczyk e Joe Gebbia convenceram pessoas do mundo inteiro a fazê-la. Aproximadamente 20 milhões de pessoas, na verdade – 10 milhões só em 2014, em quase 200 países.
Esta “loucura” é a AirBnb, empresa que hoje está no caminho (e a poucos passos) de se tornar a maior rede de hospedagem do mundo.
Em 2014, a AirBnb completou apenas sete anos desde a ideia que foi o embrião para a criação da empresa. Lá atrás, os três sócios tinham apenas um site em branco, três colchões de ar e bastante ambição. Depois de passar algum tempo viajando pelo mundo com seus colchões e pousando em casas de moradores dos lugares onde passavam, os três decidiram dar o primeiro passo.
Como supracitado (de forma superficial), o negócio da empresa americana consiste em alugar casas e quartos para pessoas que viajam para diversos destinos. Mas além de apenas alugar, a AirBnb abre seu site para pessoas interessadas em oferecer espaços para que os viajantes se hospedem. Funciona como um serviço comunitário, que já possui mais de 800 mil imóveis disponíveis em aproximadamente 33 mil cidades do mundo inteiro.
Foi em 2008 que seu site foi ao ar pela primeira vez, numa época onde a “economia compartilhada” ainda andava a passos milimétricos. A ideia da empresa revolucionou o jeito das pessoas pensarem suas viagens, deixando de lado a requintada indústria hoteleira para exercitar um pensamento mais aberto – ou mais “humano”, como a própria empresa gosta de dizer.
O próprio slogan da empresa (“Travel like a human”, em português, “viaje como um humano”) evidencia a filosofia na qual se baseia a Airbnb e atrai tantos consumidores: fazer os turistas vivenciarem a experiência local do lugar para onde vão. Enquanto os hotéis comuns criam uma atmosfera particular em suas instalações, as casas e apartamentos da AirBnb fazem com que seus clientes realmente se sintam parte do ambiente onde estão.
A crescente renda de bilhões de dólares compartilhada entre a empresa e seus “hosts” (as pessoas que cedem suas casas ou cômodos para os turistas) deixa bem claro que a alternativa “solidária” para o mercado das viagens funcionou muito bem e tem tudo para continuar ganhando espaços gigantes no setor.