Por Yasmim Aguiar
A ideia era “espalhar a felicidade”, mas não foi bem o que aconteceu… A última campanha da Coca-Cola no Twitter, lançada no intervalo de um jogo do Super Bowl, chamada “Make It Happy”, tinha como objetivo transmitir mensagens positivas com a #MakeItHappy, em que as pessoas eram convidadas a usarem a hashtag em tweets negativos, transformando-os em algo positivo, mas como?
Por meio de um algoritmo automático, usando o código ASCII, os tweets eram transformados em imagens felizes. O que não era esperado é que trechos do livro “Mein Kampf” (Minha Luta, 1924), um manifesto autobiográfico racista redigido pelo líder do partido nazista, Adolf Hitler, fossem tuitados usando a hashtag.
O problema foi quando o site Gawker descobriu que a ação da marca era feita de forma automática, e então criou o perfil “@MeinCoke” postando trechos do “Mein Kampf”.
Frases como, “We must secure the existence of our people and a future for White Children.” (Devemos assegurar a existência de nosso povo e um futuro para as Crianças Brancas) foram tuitadas no perfil da marca em forma de imagens fofas e felizes. Um dia depois a campanha foi suspensa.
Um comunicado enviado pela Coca-Cola dizia: “A mensagem #MakeItHappy é simples: a internet é o que nós fazemos dela e nós esperávamos inspirar as pessoas a torná-la num lugar mais positivo. É uma pena que o Gawker esteja a tentar transformar esta campanha em algo que não é”.
Já o editor do Gawker disse que “é constrangedor ver uma marca gigante como a Coca-Cola postando este tipo de mensagem”.