Por Francielly Mendes, aluna de Publicidade e Propaganda
A tecnologia está presente no nosso dia a dia, não tem como negar, mas até onde isso pode nos atingir fortemente ao ponto de reformular o modelo de sociedade que conhecemos?
O ilustrador francês Jean Jullien remonta com suas peças cômicas a atual sociedade, em que o ser humano tende a não se comunicar com seus iguais, não olhar para os lados e não interagir com nada ao seu redor. Ações que geram consequências para o cotidiano, como perder o ônibus ou passar da estação que deveria descer porque estava falando com alguém no WhatsApp ou conferindo o feed de notícias do Facebook.
O fato é que estamos trocado o real pelo virtual, preferimos mandar um e-mail ao invés de falar pessoalmente. Temos mais coragem de flertar via redes sociais do que chegar cara a cara, mesmo sabendo que isso pode ser mais eficaz.
E o irônico é que, quando possivelmente dizemos que estamos sem celular ou que não possuímos Facebook, as pessoas se sentem horrorizadas e somos tratados como estranhos. Afinal, é errado estar desconectado?
A verdade é que não estaremos totalmente sozinhos enquanto o celular, tablet, notebook ou qualquer outro meio digital estiver por perto. Muitas vezes não desligamos o celular nem para dormir, não é verdade? O tempo todo estamos fadados a sermos interrompidos, seja no meio da noite ou até mesmo numa reunião importante.
Os pensamentos e as pessoas mudam com o passar dos anos e, consequentemente, isso modifica a convivência em sociedade. A adaptação social é necessária para continuarmos a conviver uns com os outros, mas será que este novo pensamento não está mudando até mesmo o significado do “ser social”?
É preciso sempre estar atento às mudanças cotidianas, adaptando-se a elas. Viver em comunidade nem sempre foi tão abstrato quanto nos dias atuais.