O valor da notícia é dado por sua credibilidade, que é resultado de um processo preferivelmente minucioso de apuração da informação. Como meio imprescindível de transmissão de conteúdos noticiosos a partir da análise da realidade, a Mídia é essencialmente formadora de opinião pública. Daí a necessidade de apurar detidamente os fatos antes de torná-los públicos nos meios de comunicação.
Este foi o tema tratado por Claude Fahad Hajjar a respeito do trabalho da “grande mídia” na cobertura dos conflitos na Síria. A palestra aconteceu no auditório da FAPCOM, durante a manhã desta quarta-feira (10/10/13).
“Vive-se, hoje, um misto de marketing e informação. A notícia dos acontecimentos na Síria é vendida ao passo que a inteligência do telespectador é desdenhada”, comentou a palestrante. A deturpação da notícia cria uma imagem alterada do que de fato tem acontecido no Oriente Árabe e dissemina inverdades que, não é novidade, além de tender a interesses minoritários e parciais, maculam o papel da imprensa, que se põe à margem da verdade. “O papel da imprensa é informar, investigar, divulgar e mostrar a verdade de múltiplos ângulos”, diz Claude.
Hajjar completou apontando que a imprensa é indissociável das grandes corporações que decidem o que é notícia, qual será o conteúdo da notícia e a forma como a notícia será veiculada. Muito do que se vê a respeito da guerra na Síria passa por um processo indiscriminado de filtragem por parte dos “patrocinadores” do mercado da informação antes de se tornar acessível ao público. Segundo Hajjar, “o ataque à verdade se intensificou após o início dos conflitos e atingiu a imprensa da Síria, com ameaças de perda da transmissão, que foi proposta e aprovada pela Liga dos Estados Árabes, hoje chamada de representante do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo).