Na YouTube FanFest Brasil, 125 YouTubers interagiram, com muitas restrições,
com fãs e deram a receita do sucesso na internet
Isabel Branquinha, aluna de Jornalismo
A ideia do YouTube FanFest Brasil, que rolou em outubro, em São Paulo, parecia muito interessante, porém sua execução deixou um pouco a desejar. Os YouTubers estavam de certo modo confinados em um local privado e quando davam as caras no palco ou entre a galera era tudo muito breve, o tempo máximo não passava de 15 minutos.
Dentre os astros instantâneos estavam presentes Whinderson Nunes, Pedro Rezende (Rezende Evil), Christian Figueiredo (Eu Fico Loko), Julio Cocielo (Canal Canalha), Nah Cardoso, Bianca Andrade (Boca Rosa), Mandy Candy, Lorelay Fox (Para Tudo), além da turma do Porta dos Fundos, Parafernalha e Galo Frito e para a insatisfação da galera Kéfera, que havia sido anunciada, não apareceu.
Apenas 800 fãs puderam entrar no evento, isso por meio de um sorteio feito via Facebook, e esses disputavam com unhas e dentes uma vaguinha nas grades, filas e em frente ao palco, tudo na esperança de conseguir aquele autógrafo e uma fotinho para recordar.
Super amigos
Muitos fãs se consideram amigos dos ídolos, mesmo que o contato seja apenas por likes e comentários; alguns chegam a passar um pouco dos limites, como pedir o número do celular ou um selinho, mas o que não fazem por um segundinho de atenção?
O evento começou pouco depois das quatro da tarde e terminou pontualmente às oito. Diferente da edição de 2015, não contou com nenhum show nem gincanas. O clima era realmente mais tranquilo e com um único intuito: “hollywoodizar” os astros da internet.
Nada disso, no entanto, fazia diferença para quem estava ali, a euforia corria solta e nada era mais satisfatório do que abraçar o ídolo, tirar uma foto e ganhar um autógrafo, tudo isso em menos de um minuto.
Para o YouTubers, ali se proliferava a ideia de “gente como a gente”, mas na verdade estava claro que o foco era juntar público-alvo, criador e investidor, ou seja, um perfeito estudo de caso.