Por Lucas Fernandes
Assis Chateaubriand (1892-1968), ou Chatô, destacou-se pelo pioneirismo nas telecomunicações nas décadas de 1940 e 1960. Iniciou sua carreira como jornalista aos 15 anos, na Gazeta do Norte. Em 1924, assumiu a direção d’O Jornal, denominado “Diários Associados”. No mesmo ano, com recursos financeiros fornecidos por alguns “barões do café”, ele consegue comprar o “Diários Associados”.
Considerado um burguês emergente, apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, afinal, para ser reconhecido e subir ao poder era necessário algumas “manobras políticas”. Foi também advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife, tornando-se membro da Academia Brasileira de Letras, sucedendo Vargas, co-fundador do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em 1947, com uma coleção de obras de grandes artistas, adquiridas na Europa, então empobrecida pós-guerra.
Uma de suas maiores conquistas foi o lançamento da televisão no Brasil e a inauguração da TV Tupi, em setembro de 1950. Todavia, como não havia televisores para a recepção do sinal de TV em São Paulo, Chatô importou 200 televisores e os espalhou pela cidade. Isso marcou seu nome na História, trazendo reconhecimento como o grande incentivador das telecomunicações no país.
Sua história é muito especulada, e sempre despertou curiosidade. Ciente do tom de mistério acerca da história do magnata, o autor Fernando Morais escreveu sua biografia, intitulada: Chatô: O Rei do Brasil, em 1994. Também nesse ano, o então ator Guilherme Fontes, se aventurou a projetar o filme do personagem pátrio. O ator captou R$ 12 milhões, de incentivos à cultura e de empresas privadas, entretanto, o filme nunca foi lançado, fato que gerou diversos processos por mau uso do dinheiro público e sonegação fiscal.
Duas décadas depois, e alguns processos judiciais, o filme tem seu primeiro trailer divulgado na página pessoal do seu amigo Fernando Morais, que indica o breve lançamento do longa-metragem.