Na comunicação, o público sempre foi considerado uma grande massa – ou pelo menos, divisões menores desta massa, mas ainda assim em grandes grupos com interesses e gostos distintos. As estratégias foram e ainda são pensadas analisando estatísticas e padrões do target como sendo um grande grupo, e não particularmente seus componentes.
Recentemente, porém, a situação está mudando. Com a maior aproximação das marcas – principalmente pela interação via mídias digitais e redes sociais – de seus consumidores, é cada vez mais visível que a estratégia de “massa” está morrendo aos poucos para se tornar praticamente individual.
No marketing, o conceito da audiência de massa é bastante presente. A ideia de “falar com uma aglomeração” era utilizada porque até então não havia como falar com cada um dos consumidores. A tecnologia abriu um leque infinito de opções para a população na hora de buscar produtos, serviços e informações – assim cada pessoa desenvolveu seu jeito de ir atrás do que quer e/ou precisa, afastando o conceito da audiência de massa.
Acontece que fazer publicidade para indivíduos é muito mais complicado do que fazer para a massa e seus grupos. Porque na massa, todos são considerados consumidores. Individualmente, não é possível generalizar – deve-se separar as pessoas dos consumidores. E são estas pessoas que vão ditar o ritmo do mercado daqui pra frente, de acordo com suas relações e experiências individuais com marcas e produtos.
Isso implica que haja uma grande revolução nas cadeiras das grandes marcas e agências, pois não é mais saudável fazer marketing e propaganda à moda antiga. E nos próximos anos, sobreviverão apenas as empresas que se adaptarem a esse novo jeito de entender o público.