Por Juliana Oliveira
Imagine uma cena do seu cotidiano que não envolva transporte. Quase impossível, não? Mesmo que não o utilize, ele está por todo canto da cidade. Seja carro, moto, bicicleta ou metrô, a locomoção em grandes centros urbanos necessita deles. Diversos países utilizam alternativas variadas para desobstruir o tão caótico trânsito de suas capitais, com a implantação de ciclovias, melhorias no transporte público e incentivo à população.
Passamos grande parte do tempo no trânsito, com muito barulho e caos. No caso de um paulistano, por exemplo, perde-se equivalente a um mês por ano de sua vida nas quilométricas filas de carro pela cidade.
A questão de mobilidade urbana no Brasil está sendo discutida e aplicada em diversos locais do país, mas nada se compara a alguns lugares do mundo, onde usar bicicletas e meios de transportes sustentáveis e alternativos virou uma questão prioritária. Em 2001, em Paris, na França, 40% dos parisienses não possuíam carros, e hoje, já são cerca de 60%.
Um estudo britânico constatou que os motoristas gastam aproximadamente 106 dias de suas vidas à procura de vagas em estacionamentos. Para driblar esse problema, algumas cidades aderiram às alternativas para diminuir os congestionamentos e acidentes, proibindo o uso de carros em diversos bairros e aplicando multa aos que descumprem as regras. A cidade de Hamburgo, na Alemanha, por exemplo, está implementando uma “rede verde”, que conecta parques ao redor da cidade às ciclovias e vias para pedestres, cobrindo cerca de 40% da área total da cidade.
Outro exemplo de sustentabilidade e mobilidade é a cidade de Copenhagen, na Dinamarca, sendo que na Europa, é a cidade com uma das taxas mais baixas de propriedade de automóveis. Anos atrás, as regiões possuíam tráfegos intensos, e para mudar isso, os dinamarqueses aderiam ao uso de bicicleta para a locomoção na cidade. Na década de 1960, começou a implantação de zonas para pedestres e os espaços para carros conseqüentemente, diminuiu. Atualmente, a cidade possui mais de 200 quilômetros bem planejados e distribuídos de ciclovias, além de auto-estradas para bicicletas ligando diversas regiões ao centro.