Por Yasmim Aguiar
O mercado de games é um dos que mais cresce, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo, independente dos meios em que estão sendo veiculados, seja celulares, consoles, tablets ou computadores. Atentando-se ao crescimento deste mercado as organizações tem visto oportunidades de expandir sua marca, criando uma nova conexão com o consumidor.
Os advergames, junção de advertisement (publicidade em inglês) e games, mudaram a relação das marcas com o consumidor. A associação das mensagens publicitárias com os games possibilita atingir o consumidor durante seu período de lazer, que está totalmente imerso no ambiente do jogo, e acaba consumindo a propaganda como entretenimento. Diferentemente das mídias convencionais, o game é uma mídia de longa duração, que pode ser consumida inúmeras vezes e de formas diferenciadas dependendo do roteiro seguido, isso faz com que o consumidor fique mais tempo exposto à propaganda do que ficaria em uma mídia tradicional.
O advergames é dividido em três categorias: a primeira é a mais comum no Brasil, em que temos jogos implementados nos sites de empresas, ou criados especificamente para uma ação ou campanha publicitária, que faz com que os usuários fiquem mais tempo nos sites. A segunda categoria é das publicidades dentro dos jogos, na qual o produto ou anúncio faz parte do jogo, em outdoors ou banners. A terceira categoria é o jogo em si, que é desenvolvido por uma razão específica. Um exemplo bem interessante foi o jogo “America’s Army”, que foi patrocinado pelo exército dos Estados Unidos em uma campanha com o intuito de aumentar o recrutamento de novos soldados.
Curiosidade: Os primeiros jogos vinculados às marcas datam da década 80, bem no começo dos jogos do videogame. Um bom exemplo é a Coca-Cola que produziu, em 1983, o jogo Pepsi Invaders, usando-o como forma de divulgar a empresa e atacar o concorrente.
Desde o início dos anos 2000, em ampla ascensão no Brasil, os Advergames, giram um nicho de mercado que movimentou mais de US$ 3 bilhões. Segundo Mitikazu Lisboa, diretor da desenvolvedora de games Hive Digital, “no Brasil temos a proporção de 20 casual gamers para cada um hard core gamer. É um mercado que tem uma projeção para 2016 de capitalizar mais de US$ 7,2 bilhões”. É um sinal de que os tempos vêm mudando e temos que ficar atentos para as novas possibilidades de mercado que estão sempre se abrindo.